Qual o tamanho de sua revolta?

E a passagem de Natal, hoje, voltou a ser R$ 2,20, a Câmara Municipal aprovou decreto suspendendo o último aumento anunciado pela Prefeitura, como em muitas gestões, na calada da noite. 

A eloquente prefeita de Natal ao se pronunciar sobre o caso afirmou que na gestão da dupla candidata Carlos Eduardo/Wilma de Faria os aumentos foram muito superiores aos reajustes concedidos pela "borboleta". A questão fundamental é que em maio desse mesmo ano a prefeita garantiu que não haveria reajuste das tarifas.

Bem, mas por que o reajuste foi revogado? Fundamentalmente, a decisão só ocorreu em função dos "vagabundos" que foram as ruas se manifestar. 

Todas as pessoas ou muitas delas que se sentiram prejudicadas pelas paralisações no trânsito de Natal durante toda semana. 

Foi possível ouvir pessoas falando que "esse povo não tem o que fazer", "a gente sai do trabalho cansado, querendo chegar em casa e esses desocupados ficam fazendo confusão", etc, etc, etc.

Trânsito lento, ônibus atrasados. Revolta.

Mais eis que como resultado dessas manifestações os estudantes conseguiram algo que beneficia toda a população, inclusive os indignados com a "vagabundagem deles".

Numa sociedade que aceita bovinamente os desastrados atos políticos esse poderia ser um ponto de inflexão sobre como esse povo demonstra sua irritação. 

Velhas questões: basta apenas indignar-se? Por que essa indignação não se transforma em algo concreto? Quem disse que não vale a pena ir para as ruas demonstrar essa revolta? 

E você, está pronto para empunhar bandeiras e soltar gritos de protesto ou prefere viver sua vida privada com todas os seus dessabores e prazeres?